Pra pensar a (in)disciplina...

Por Aender Borba Sempre que sou procurado por pais ou responsáveis por crianças e adolescentes, tanto no contexto escolar (de educação não-formal - onde atuo), quanto no contexto da própria família, percebo como é frequente a queixa sobre o comportamento indisciplinado dos infantes. Sem dúvida, este é um dos fenômenos mais aterrorizantes para pais e educadores. No caso dos pais, quase sempre, a procura por uma orientação neste sentido soa como um pedido de socorro. Há uma falta de habilidade generalizada dos pais em lidar com a educação dos próprios filhos, especialmente, na questão da disciplina. Herança da década de 70, os pais apreenderam de forma equivocada a questão da correção dos filhos. É aquela velha estória de se jogar o bebê junto com a água suja da banheira. Muitos pais exageravam na intensidade disciplinar imposta a seus filhos, o que se dava em forma de espancamento e agressão, e não de uma repreensão amorosa e carregada de sentido. Na tentativa de reduzir a violência